segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mires

Mires no meu coração aquela flecha
No vasto campo dos sentimentos, flores.
Aqueça-me a alma que não se desfecha
Nas idas e vindas de iras e dores.

Mires nos meus olhos a beleza
Da qual não somente vejo, sinto.
Mires pomposa em vás realeza,
Reluz meus pensamentos, labirinto

!Mires às minhas pernas, os caminhos
Que os atos e buscas fazem-me merecer.
Não me importo com pedras, tropeços e espinhos
Se tais caminhos me levem somente a você.

Serdes minha fortaleza
Na qual busco forças para vida, a luta.
Mas serdes também minha fraqueza
Para que o amor sempre supere a força bruta.

Amo-te,
A distância nunca foi um elo capaz de nos separar.
Espero-te,
E a eternidade de cada segundo, enfim, se anulará.

Passa-se o frio, imposto pela sua ausência.
Brotaram mais flores e frutos no futuro primavera.
É tudo mais claro, sólido e de real essência
Aos olhos de quem vivencia e que as pondera.

Sois o meu clarão e a realidade em esperança
Fazê-lo-ei de fato e modos que admires.
Essa poesia em nossa alma descansa ,
Portanto peço apenas que mires. Tá? Mires!


De Paulo P. Souza

Um comentário:

Tyago de Paula Ferreira disse...

Ótimo!!!

Com esse final aí... impossível não lembrar da PreThamires! rsrs