Dia 31 de outubro. Foi ontem, eu sei disso. Mas, se a intenção era fazer uma análise sobre um dia, nada mais original do que fazê-la após terminado o dia, certo? Pois bem.
Nos países anglo-saxões comemora-se o tal do Halloween ou dia das bruxas; uma tradição tão inútil que os brasileiros tem aderido cada ano mais ao seu calendário. Aliás, algum tempo atrás surgiu um projeto de lei de suma importância no nosso digníssimo Congresso Nacional de transformar o dia 31 de outubro no dia do? do? do? SACI!? Isso mesmo! Dia Nacional do Saci Pererê, com o intento de proteger o nosso folclore, nossas tradições tupiniquins, como um ato nacionalista digno de Policarpo Quaresma. Se o projeto de Lei Federal não saiu do campo das ideias, um projeto de lei idêntico marcou a data no calendário do estado de São Paulo.
Os nossos representantes cada vez mais orgulhando-nos com o seu trabalho incansável pelo bem-estar social. Por falar em nossos grandiosos representantes, eis que o tenebroso dia 31 de outubro foi também o dia do segundo turno das eleições de 2010.
As eleições deste ano foram marcadas por coisas pitorescas. Pra quem não aguentava mais os mesmos corruptos de sempre, o povo achou de eleger gente nova, realmente envolvida com as causas populares, elegeram em São Paulo o Deputado Tiririca! Agora vai! Ou, ao menos, pior do que está não fica! Lamentável!
Um aspecto interessante deste pleito foi o caso polêmico da lei da ficha limpa: vale ou não vale? É inconstitucional? Não é? TRE barra candidatura, TSE barra candidatura, vem o STF pra decidir e... Não decide! Julgamento histórico, os onze Ministros e a hora da verdade, mas na verdade eram só dez, uma vaga aberta e uma indecisão de emudecer um país inteiro. O “duplo twist carpado hermenêutico” do Ministro Peluso criou uma celeuma e após julgamento empatado, o povo que se decida, oras! E o nosso Supremo mais uma vez cumpriu com o seu papel constitucional de confundir e acabar com tudo.
E logo no dia das bruxas tivemos que decidir entre Dilma e Serra. Até o polvo Paul deu um jeito de se matar antes que viessem lhe perguntar quem seria o vencedor. Preferiu sair de cena antes do ostracismo. Depois de prever o resultado da final da copa, escolher o vencedor dessa eleição seria o fim pra ele.
No fim deu Dilma, mas e aí? Quem votou nela sabia um dos projetos de sua campanha? E quem votou no Serra, sabia de algum? Pois é, nem eu. Só ouvia falar do aborto, da fita crepe (ou foram apenas bolinhas de papel?), da Erenice, do Paulo Preto, cuidado com o Dirceu... ele vai ser igual ao FHC... que campanha de porcaria!!!
O resultado dessa eleição teve tanta cara de sei lá o quê, que até o plantão da Globo que estava sumido por ter ficado marcado pelas notícias trágicas que anunciava, retornou do mundo dos mortos para anunciar a primeira mulher Presidente da República, fato louvável por ter sido quebrada uma barreira machista de uma mulher no poder, fato nem tão louvável assim pela ausência de comoção nacional pelo grande feito.
Nessas horas eu penso nos visionários dos anos rebeldes de ditadura que morreram pela democracia, se soubessem do pardieiro que isso iria virar tinham ficado em casa curtindo Beatles e Rolling Stones nas suas vitrolas!
Mais triste que escolher entre um dos “inescolhíveis”, certamente foi assistir à esposa do ex-governador falando que iria “defender toda aquela corrupção” e mais outras baboseiras que me fazem pensar na tristeza que virou a nossa política. Acho que ela fez o mesmo curso de oratória do marido, mas desistiu no módulo inicial, porque não imaginava que precisasse saber ler pra ser governadora um dia.
Eu gostaria mesmo de acreditar que, como diz a música do Chico, “(...) apesar de você(s), amanhã há de ser um novo dia (...)”, mas, ao que vejo, esse povo passará os próximos quatro anos deitado eternamente em berço esplêndido, sem aprender mais uma vez para que serve um Senador da República ou o que faz um Deputado Federal (né, Tiririca?).
Acho que desse dia 31 de outubro eu tirei uma lição interessante. O brasileiro não só observou muito bem o Halloween americano como criou um dia mais aterrorizante que o deles. Pobres americanos, ainda tem muito que aprender com o jeitinho brasileiro!
Nos países anglo-saxões comemora-se o tal do Halloween ou dia das bruxas; uma tradição tão inútil que os brasileiros tem aderido cada ano mais ao seu calendário. Aliás, algum tempo atrás surgiu um projeto de lei de suma importância no nosso digníssimo Congresso Nacional de transformar o dia 31 de outubro no dia do? do? do? SACI!? Isso mesmo! Dia Nacional do Saci Pererê, com o intento de proteger o nosso folclore, nossas tradições tupiniquins, como um ato nacionalista digno de Policarpo Quaresma. Se o projeto de Lei Federal não saiu do campo das ideias, um projeto de lei idêntico marcou a data no calendário do estado de São Paulo.
Os nossos representantes cada vez mais orgulhando-nos com o seu trabalho incansável pelo bem-estar social. Por falar em nossos grandiosos representantes, eis que o tenebroso dia 31 de outubro foi também o dia do segundo turno das eleições de 2010.
As eleições deste ano foram marcadas por coisas pitorescas. Pra quem não aguentava mais os mesmos corruptos de sempre, o povo achou de eleger gente nova, realmente envolvida com as causas populares, elegeram em São Paulo o Deputado Tiririca! Agora vai! Ou, ao menos, pior do que está não fica! Lamentável!
Um aspecto interessante deste pleito foi o caso polêmico da lei da ficha limpa: vale ou não vale? É inconstitucional? Não é? TRE barra candidatura, TSE barra candidatura, vem o STF pra decidir e... Não decide! Julgamento histórico, os onze Ministros e a hora da verdade, mas na verdade eram só dez, uma vaga aberta e uma indecisão de emudecer um país inteiro. O “duplo twist carpado hermenêutico” do Ministro Peluso criou uma celeuma e após julgamento empatado, o povo que se decida, oras! E o nosso Supremo mais uma vez cumpriu com o seu papel constitucional de confundir e acabar com tudo.
E logo no dia das bruxas tivemos que decidir entre Dilma e Serra. Até o polvo Paul deu um jeito de se matar antes que viessem lhe perguntar quem seria o vencedor. Preferiu sair de cena antes do ostracismo. Depois de prever o resultado da final da copa, escolher o vencedor dessa eleição seria o fim pra ele.
No fim deu Dilma, mas e aí? Quem votou nela sabia um dos projetos de sua campanha? E quem votou no Serra, sabia de algum? Pois é, nem eu. Só ouvia falar do aborto, da fita crepe (ou foram apenas bolinhas de papel?), da Erenice, do Paulo Preto, cuidado com o Dirceu... ele vai ser igual ao FHC... que campanha de porcaria!!!
O resultado dessa eleição teve tanta cara de sei lá o quê, que até o plantão da Globo que estava sumido por ter ficado marcado pelas notícias trágicas que anunciava, retornou do mundo dos mortos para anunciar a primeira mulher Presidente da República, fato louvável por ter sido quebrada uma barreira machista de uma mulher no poder, fato nem tão louvável assim pela ausência de comoção nacional pelo grande feito.
Nessas horas eu penso nos visionários dos anos rebeldes de ditadura que morreram pela democracia, se soubessem do pardieiro que isso iria virar tinham ficado em casa curtindo Beatles e Rolling Stones nas suas vitrolas!
Mais triste que escolher entre um dos “inescolhíveis”, certamente foi assistir à esposa do ex-governador falando que iria “defender toda aquela corrupção” e mais outras baboseiras que me fazem pensar na tristeza que virou a nossa política. Acho que ela fez o mesmo curso de oratória do marido, mas desistiu no módulo inicial, porque não imaginava que precisasse saber ler pra ser governadora um dia.
Eu gostaria mesmo de acreditar que, como diz a música do Chico, “(...) apesar de você(s), amanhã há de ser um novo dia (...)”, mas, ao que vejo, esse povo passará os próximos quatro anos deitado eternamente em berço esplêndido, sem aprender mais uma vez para que serve um Senador da República ou o que faz um Deputado Federal (né, Tiririca?).
Acho que desse dia 31 de outubro eu tirei uma lição interessante. O brasileiro não só observou muito bem o Halloween americano como criou um dia mais aterrorizante que o deles. Pobres americanos, ainda tem muito que aprender com o jeitinho brasileiro!
De Rafael Batista Leite
Um comentário:
Gabi, quando se trata de poder a ganância é tão grande que não tem rebelde antigo que aguente (basta lembrar que a Dilma era uma militante ativa nos tempos da Ditadura). =)
Essas eleições foram mais marcadas por quem agente não queria no poder do que por quem agente realmente acreditava que faria um bom governo.
Vamos que vamos! Gostei do post.
PS: Chega 2012 mas o semestre não acaba né?
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