quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Na praça da minha cidade
não tem luz, vida nem expectativa
um lugar cheio e vazio de esperança

Lá tem homossexuais, prostitutas,
cristãos, judeus, ateus ou indecisos
Mistura-se personalidade de pessoas  sem sopro

Lá tem garotas com velhos ou vice-versa
pequenos meninos drogados e vivendo uma falsa alegria
Assaltante da baixa, média ou classe alta

Lá tem jardim, fonte, bancos
se vê ponta de cigarro do lado de um brinquedo velho
Uma mãe pedindo ajuda para um servidor público

Passo lá todos os dias e nunca gosto das cenas que vejo
Já foram abusados comigo porque o lugar era propicio
para tamanha vulgaridade

Sentei com mulher da vida e falei de Deus pra ela
Fui seguida por bêbado, velho e pedintes
Conversei com hippie e dei-lhe um abraço
mesmo estando fedendo a maconha

Passo lá todos os dias e tento ver coisas belas naquele lugar
Já chorei por ver tamanha crueldade do homem com o próximo
Lá tem um relógio que corre independentemente da ação destes
Esta é a praça da minha cidade



Foto tirada na praça citada. 
Praça verdadeira; histórias verídicas

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