Na praça da minha cidade
não tem luz, vida nem expectativa
um lugar cheio e vazio de esperança
Lá tem homossexuais, prostitutas,
cristãos, judeus, ateus ou indecisos
Mistura-se personalidade de pessoas sem sopro
Lá tem garotas com velhos ou vice-versa
pequenos meninos drogados e vivendo uma falsa alegria
Assaltante da baixa, média ou classe alta
Lá tem jardim, fonte, bancos
se vê ponta de cigarro do lado de um brinquedo velho
Uma mãe pedindo ajuda para um servidor público
Passo lá todos os dias e nunca gosto das cenas que vejo
Já foram abusados comigo porque o lugar era propicio
para tamanha vulgaridade
Sentei com mulher da vida e falei de Deus pra ela
Fui seguida por bêbado, velho e pedintes
Conversei com hippie e dei-lhe um abraço
mesmo estando fedendo a maconha
Passo lá todos os dias e tento ver coisas belas naquele lugar
Já chorei por ver tamanha crueldade do homem com o próximo
Lá tem um relógio que corre independentemente da ação destes
Esta é a praça da minha cidade
Foto tirada na praça citada.
Praça verdadeira; histórias verídicas